terça-feira, 31 de março de 2009

A chuva molhando a mente...

Hoje, último dia do mês de março de 2009...uma chuva gostosa batiza a noite trazendo um afago bom. Estou aqui na minha janela contemplando essas gotas que caem iluminadas pela luz que vem do poste, tendo de fundo casas, aptos, janelas com pessoas passando sem perceber que não apenas chove, que não apenas cai gotas de àgua, mas que acontece um minúsculo milagre...
O vento brinca com as pequenas gotas, levando-as pra lá e pra cá...não chove muito...mas essas gotas são capazes de deixar o corpo frio, molhado, com roupa colada como uma segunda pele teimando sobrepor a primeira...incomoda, molha...o corpo repele, diz não fazer bem, força expulsar o líquido gélido com as forças que possui: narinas obstruídas, expiração violenta e estrepitosa, corpo febril...
Mas olhando da janela, não me molho. Sinto o cheiro de terra molhada, do vento fino que passa na pele fazendo arrepiar... vento este que só aparece em dias de chuva...
Na rua, ninguém... apenas calçada, folhas, lixo, fios...molhados...talvez outras coisas mais que de minha janela não posso ver ou perceber...
A chuva vai parando aos poucos, ficando quase pó de àgua, brincando ainda mais com o vento.
O cheiro gostoso de terra molhada continua, mas a chuva se vai, calma, lenta... talvez volte hoje, talvez não esteja acordada para apreciá-la, talvez volte amanhã no decorrer dos meu afazeres e talvez não possa parar para enxergar com estes olhos de agora... não sei...
Ela se vai... findando... assim como a chuva da minha mente...
Fabi

3 comentários:

  1. Calma e lentamente toma conta das ras, das casas, das pessoas. Estas não percebem que quando a chuva vem, leva os maus olhados que o mundo tem e deixa aquele cheirinho de terra molhada e de alma lavada.
    Fabi, adorei o texto. Chuva inspiradora, hein!
    Beijos.(:

    ResponderExcluir
  2. Adorei o texto!!
    Adoro chuva!! (:

    Adoro você.
    Beijo.

    ResponderExcluir